Graças a seu timbre único e sua modulação, que lhe permite imitar vários artefatos, o órgão ocupa um lugar fundamental na cena musical e adquiriu um caráter sagrado ao longo dos séculos.
Suas características acústicas e técnicas a tornam uma dos instrumentos mais versáteis, adequada para corais, apoio vocal para solistas, solos, constantes e até mesmo substitutos para orquestra.
Apesar de sua estrutura complexa, o órgão opera com uma abordagem física rudimentar: ar, pressão, tubulações e vibração.
Seus tubos são colocados quase que continuamente atrás da fachada decorativa, criando o corpo humano do som do instrumento. A altura dos tubos que produzem o som varia de 10,4 m a 1 cm.
A mudança no som é determinada pela altura dos tubos: quanto mais alto o tubo, mais silencioso o som e mais baixa a frequência, e quanto mais baixo o tubo, mais alto o som.
O precursor do órgão era um antigo instrumento conhecido em latim como os hydraulos, um sistema de tubos cheios de água e acionados pela pressão do ar. Este instrumento foi desenvolvido em Constantinopla e depois se espalhou por toda a Europa a partir do século VII, ganhando plena aceitação no contexto do canto na Idade Média, e há provas documentadas de que dois tipos de órgão existiam no mesmo período, o pequeno portativo e o positivo.
No final do século XIV, o órgão ganhou um novo número de paradas (uma série de tubos dispostos na mesma posição e com o mesmo tom), o que permitiu que fosse tocado independentemente ou simultaneamente, aumentando assim a variedade de sons.
No século XVI, o órgão havia mudado de forma, adaptando-se aos princípios arquitetônicos da Renascença, como tipificado na Itália. Foi colocado na frente de um grupo de cilindros de som como um desenho modelado em cinzel e apresentado como o trabalho de um artista sublime em ruído.
A ornamentação continuou a aumentar no período barroco, quando grandes órgãos foram construídos. O número de registro também aumentou, e alguns órgãos exigiam mais de um organista.
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